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Memórias do Campo | 66 anos de Xaxim

Por: Luiz Dalla Libera
03/03/2020 10:36 - Atualizado em 03/03/2020 10:45
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Nesta coluna, escrevo sobre os primeiros sobre os primeiros 40 anos de politica de Xaxim, que é um município de muitas histórias politicas. Antes de Xaxim ser emancipada, houve dois vereadores representando-a na Câmara Municipal de Chapecó, os primos Luiz e André Lunardi. Eles lutaram para que emancipação de Xaxim acontecesse. Os membros da família Lunardi foram grandes guerreiros políticos no início da politica de Xaxim.

O primeiro prefeito nomeado foi o Dr. Laurindo Dário Lunardi, primo do Luiz e André. Na primeira eleição do município, Luiz Lunardi foi candidato e posteriormente eleito pelo antigo PSD. Concorreram mais três candidatos, que eram primos da família Lunardi, os vereadores e irmãos Egidio e André e Dona Rosa. Essa última era casada com Luiz Zambenedetti, que foi o candidato a prefeito e não foi eleito, porém sua esposa Rosa foi eleita vereadora pelo MDN, sendo a primeira mulher eleita vereadora de Xaxim da região e do Estado, segundo pesquisas, sendo assim um fato histórico.

No começo da politica xaxinense, foram eleitos vários deputados estaduais de seu domicilio: Egidio Lunardi, Jorge Gonçalves da Silva e Gelso Sorgato. Todos foram reeleitos, Egidio Lunardi e Gelso Sorgatto foi secretário da agricultura Estadual.

Na quinta eleição de Xaxim concorreram duas chapas: Arena e MDB, mas na véspera da eleição, a Justiça Eleitoral caçou a chapa inteira da Arena, os vereadores, prefeito e vice. Como não houve tempo hábil parar registrar outra chapa única, na época se votava com cédulas oficiais, então não deu tempo de a Justiça Eleitoral fazer novas cédulas. O juiz eleitoral fez várias publicações de quem votava na chapa dois, que era da Arena, era voto nulo. Quanto à chapa do MDB, houve uma votação superior a 51. A chapa caçada aceitou a ordem da Justiça Eleitoral respeitosamente, o MDB concorreu com oito candidatos a vereadores, para sete cadeiras, sobrando apenas um único na suplência.

Na sexta eleição, o MDB venceu com aproximadamente 60% dos votos, totalizando 750 de vantagem, porém a Justiça Eleitoral não deu o diploma e nem a posse ao candidato eleito, anulando a eleição do prefeito. Então, foi marcada nova eleição no próximo dia 03 de abril, um domingo de ramos, onde os dois partidos concorreram com três candidatos a cada chapa. O Santo Valentino Mattiello concorreu de novo na segunda eleição, na primeira vez fez boa votação, mas não foi eleito, como eu era primo e amigo, perguntei “será que vamos fazer a mesma votação?”.

Com a sua calma e simplicidade, ele me respondeu “o piú”, queria dizer o “mais”, só que a diferença abaixou para 150 votos, porém foi uma excelente vitória, porque a máquina estadual pertencia ao partido contrário. Além de Xaxim, também houve eleição em Laurentino, assim mesmo a máquina estadual na segunda eleição foi forte e ferrenha, defendendo o seu partido concorrente ao MDB. Os legislativos que trabalharam incansáveis na campanha do MDB foram o senador Evelásio Vieira, o “Laginho”, deputados federais Ernesto José de Marco e Francisco Libardoni, já os estaduais foram Nelson Locatelli e Jorge Gonçalves da Silva.

Após a eleição, a chapa contrária não aceitou a vitória dos adversários e tentaram recorrer na Justiça, houve tumulto e até mortes. A lei adequada não dava mais licenças para bailes e promoções, enfim, em 16 de maio deram a posse ao prefeito eleito. Apesar de ter iniciado um pouco tarde, mesmo conseguiu dar a volta por cima e fazer uma ótima administração, contudo, os prefeitos antecessores Nildo Folle e Ari José Locatelli, esse em exercício eram do mesmo partido.

Houve uma lei federal, onde todos os prefeitos atuais fechava com seis anos de mandatos, a fim de a próxima eleição ser única. Isso favoreceu, deixando uma boa administração e tudo em ordem, segurando as rédeas da Prefeitura ao mesmo partido por mais 4 mandatos. Um fato triste ocorreu em 26 de setembro de 1994, quando Xaxim ficou em luto com a trágica morte do prefeito Alberto Ângelo Sordi e seu motorista. O vice Gelso Sorgatto não podia assumir, pois era candidato a deputado e foi eleito. Então foi marcada uma nova eleição, a qual o eleito foi Edemar Mattiello, o filho de um ex-prefeito, Santo Valentino Mattiello. Naquela eleição, ocorreu mais uma novidade: não apenas para Xaxim, mas também a nível nacional, a primeira eleição com tecnologia foi aqui na cidade, com urnas eletrônicas.

Xaxim de aniversário

Como não sou mais xaxinense

Encerro esta história e coluna

Não sei se escrevi certo ou errado

Mas este jornal afamado

A cada data de aniversário de Xaxim

Deixa-me um espaço reservado.

Obrigado Jornal LÊ NOTÍCIAS

Não moro mais nesta terra amada

Nunca me esqueço do nome de xaxim

E da minha mãe o nome dela era Delicia

E da minha antiga primeira morada.

Xaxim, naquela época fazia fronteira,

Com o vizinho estado do Paraná

Iniciou com o desenvolvimento da economia

Pequena agricultura, comércio, indústria madeireira.

Tenho absoluta certeza de tudo isso

Porque naquela época

Nasci e fui criado na linha Limeira

Muita gente já saiu de Xaxim

Não por não confiar e acreditar

A fim de novos sonhos e o futuro a realizar.

Não somos nem frangos nem franguinhas

Vivendo embaixo das asas das queridas mãezinhas

Sabemos que foi triste de Xaxim se afastar

Tenho certeza absoluta que

A saudade de Xaxim nunca vai faltar

No catolicismo foi hospitaleiro e alegre

Para os freis que faziam missões religiosas

De Palmas, Paraná até a fronteira com a Argentina.

Após de Xaxim suas missões prosseguem

Por isto, que a paróquia São Luiz de Xaxim.

É uma das pioneiras

Entre as quatro das primeiras da Diocese.


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